terça-feira, 1 de junho de 2010

Gestão Pública e a Crise

A crise mundial, que já arrefece seus sintomas na macroeconomia, tem seus efeitos em pleno pico na receita dos municípios.
O que chama a atenção é que a crise mundial deu seus primeiros sintomas no segundo semestre do ano de 2008 e os economistas do mundo inteiro afirmavam que esta traria conseqüências mais graves do que a crise de 1929. Mesmo assim, os administradores públicos, na sua grande maioria, não se preveniram para enfrentar a falta de recursos que estava por vir. Uma administração que se projete séria, comprometida com a gestão dos recursos públicos e com o fornecimento de serviços de educação, saúde, transporte e habitação, com qualidade, não pode prescindir de um planejamento com base em informações e previsões confiáveis sobre a economia mundial, uma vez que vivemos na era da globalização.
No entanto, assistimos as administrações municipais fazerem uma verdadeira ”ciranda” com os recursos públicos, gastos desnecessários em equipamentos desnecessários, nomeação e mais nomeação de ”afilhados” em cargos de confiança, execução de obras desnecessárias, ou de pouca repercussão na qualidade de vida dos cidadãos.
Por outro lado, assistimos também um corte drástico nos serviços públicos como redução de horário de trabalho de secretarias, corte nos recursos para aquisição de medicamentos da farmácia básica, diminuição dos serviços de conservação de estradas, diminuição da distribuição de materiais de expediente e consumo, muitas vezes, essenciais para o funcionamento dos órgãos públicos e que dizem respeito á prestação e a qualidade dos serviços públicos, que deveriam ser prioridade de quem gerencia os recursos oriundos dos impostos.
Se a crise por que passam muitos municípios não foi falta de (pré)visão de seus administradores, por que, então, as compras e as nomeações em CCs corriam frouxo até agora? E o endividamento com os “investimentos” que comprometeram as finanças públicas a longo prazo realizados no último ano da gestão passada? Será que os recursos gastos com as ações citadas não eram “as gorduras” que poderiam ser queimadas agora ? Mais uma vez quem vai pagar essa conta é o cidadão. Se não pelo aumento de tributos, pela falta de prestação dos serviços públicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário